sábado, 14 de junho de 2008

Babel


Babel foi dirigido por Alejandro Iñárritu, de 21 Gramas e Amores Brutos. O diretor conseguiu conectar quatro países com seus costumes locais em um mesmo drama, sem soar forçado. No elenco, o mexicano Gael García Bernal, o americano Brad Pitt e o japonês Kôji Yakusho ajudam a provar que a junção de diferentes culturas pode funcionar bem nas telas. Um mundo complexo, fascinante, mas de algum modo desgovernado. Iñarritu rejeita a história pela história, a narrativa linear que dá o pretexto para “pendurar” algumas imagens. Afasta-se dos factos, concentra-se no trabalho da imagem, (esta governada por uma fotografia é fantástica) e do contexto. Por certo não é o primeiro a tentá-lo, mas é dos que melhor o faz num contexto de massas e com consistência. Da mesma forma é contemporâneo na forma como aborda a própria arte da realização cinematográfica. Este filme é também uma pesquisa sobre a construção de narrativa e sobre cinema.

EU QUERO


PODEMOS AQUILO QUE QUEREMOS?
"Eu quero! Percebemos logo cedo o poder dessas palavras. Quando criança, elas pareciam uma sentença mágica nos aproximando daquilo que mais queríamos. Era só expressar, ou melhor, gritar as tais palavrinhas que logo um adulto sem paciência nos fazia calar, garantindo aquilo que reclamávamos.
O tempo passou, crescemos e descobrimos que as tais palavras não são tão poderosas assim, ou estamos fazendo algo de errado com essa mágica. O fato é que nem tudo o que queremos podemos ter. Será que essa era uma fantasia típica de criança, que só funcionava quando éramos pequenos e ingênuos?
Certamente essa não é uma mágica furada. Ela continua tendo muito poder, é capaz de realizar e concretizar nossos ideais. A questão é saber usá-la. Quando queremos alguma coisa, somos mobilizados por uma poderosa energia que nos impulsiona.
Movimentamos os obstáculos a nossa frente a fim de garantirmos o que queremos. É uma energia que nos mantém vivos, pulsando.
É o contrário da apatia - pelo menos é como deveria ser. Justamente aí, aliás, andamos falhando. Estamos acomodados, continuamos com aquela atitude infantil, esperando passivamente que algo aconteça. A vontade sem ação de nada vale. É como a água que, parada, apodrece e vira veneno. Já em uma hidrelétrica, onde é bem utilizada, é muito poderosa, garante até mesmo que você leia esse texto.
Queremos tudo: um aumento de salário, um carro melhor, uma promoção, perder uns quilinhos... Ter o que desejar não é problema. A dificuldade está em concretizar, realizar.
É como ficar olhando uma vitrine, sonhando com o tal objeto de desejo, mas não dar o primeiro passo para fato possuir. Não percebemos, mas muitas vezes estamos assim, entorpecidos, cheios de vontades, porém, sem nenhuma ação.
Corremos o risco de ficar resmungando para cima e para baixo, reclamando da sorte, justificando nossas frustrações na atuação do governo, no mercado de trabalho, no tempo. Inventando mil e uma desculpas para explicar nosso comodismo, ou melhor, o nosso fracasso.
Isso acontece porque entregamos nosso poder de realização nas mãos do outro, da situação, são eles os grandes vilões. E nós estamos sentenciados a imobilidade. Não podemos fazer nada, somos vítimas. Mas é mais fácil se acomodar e aceitar as nossas frustrações, do que fazer algo para que tudo seja diferente. É confortável ficar se justificando, tentando acreditar que você é mesmo um coitadinho, vítima das circunstâncias. Essa é uma escolha. Já para aquele que acreditar em si mesmo, no seu poder, tudo estará garantido.
Sim, eu sou o grande e único responsável pela minha vida e por tudo que nela acontece. Tudo depende de mim, do rumo e do movimento que dou à minha história. Tomar consciência desta verdade é urgente. Aí está o xis da questão, o poder dessa mágica. Agora, só cabe a você usar eficientemente essa poderosa energia. Não dá mais para ficar se desculpando.
Claro que isso pode ser um tanto assustador.É muita responsabilidade, você poderia pensar. No entanto pode ser um grande alívio, a varinha de condão está em suas mãos.Você é o grande e único agente transformador de sua própria vida. Já pensou nisso? Pois é, temos o direito à felicidade. De ser e ter o que quiser. Basta querer e lembrar-se de agir."Extraído do site do Yahoo

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Zuzu Angel


O filme "Zuzu Angel"retrata a vida da estilista brasileira. Dirigido por Sérgio Rezende e protagonizado brilhantemente por Patrícia Pillar, dele também participam Daniel de Oliveira, Luana Piovani, Paulo Betti, Juca de Oliveira, entre outros.

"Os anos 60 viram o mundo de pernas pro ar, transformando todos os grupos sociais. No Brasil, a carreira de Zuzu Angel estilista começa a deslanchar, enquanto seu filho Stuart ingressa no movimento estudantil, contrário à ditadura militar então vigente. As diferenças ideológicas entre mãe e filho são profundas. Ele lutando pela revolução socialista. Ela, uma empresária. Stuart é preso, torturado e morto. Inicia-se então o périplo de Zuzu pela libertação do filho e uma vez revelada sua morte, em busca de seu corpo. Suas manifestações ecoaram no Brasil, no exterior e em sua moda. A cruzada de Zuzuz expõe as vísceras da repressão e incomoda tanto que tanto que, certa noite, em um estranho desastre de carro, ela tem o mesmo destino do filho."

segunda-feira, 9 de junho de 2008

DogVille, até onde vai o certo e o errado


Dogville é um filme violento, mostra-nos a rudeza da mente humana no seu lado mais mesquinho e mais cruel. Conseguimos identificar as situações apresentadas e situá-las. É difícil digerir o início do filme...parece um ensaio, parece um espetáculo de teatro filmado. Até que a certa altura é como se o filme nos engolisse e já é indiferente se existe cenário, se as portas imaginárias fecham e abrem...o nosso íntimo é surpreendido por uma história que começa a mexer connosco. Há um momento que quase nos engasgamos com diversas situações. No final o diretor nos surpreende com o reverso da história e justifica o porquê de gravar todo o filme dentro de um galpão. Vale a pena passar por cima dos primeiros momentos mais difíceis do filme, o início, e assistir as três horas que Lars Von Trier nos oferece. O diretor é comparado a Brecht em diversos aspectos, eu acrescento um que considero o "mote": se em Brecht ("A Boa Alma de Sé-Tesuã") as personagens são "personificadas" como ratos, em Dogville são cães.


"Dogville é um filme lançado em 2003 e dirigido por Lars von Trier, estrelando Nicole Kidman e Paul Bettany entre outros. Este filme faz parte da trilogia "E.U.A. Terra de Oportunidades" tendo como seqüência Manderlay (2005) e Wasington (planejado inicialmente para 2007, atualmente sem data prevista).

O filme chama a atenção pela simplicidade de seus cenários e cortes de cenas não convencionais. Todo o filme foi filmado dentro de um galpão localizado na Suécia com o mínimo de artefatos, há poucas mesas e algumas paredes, mas normalmente há apenas marcações no chão indicando que ali é a casa de tal pessoa, ou há um arbusto. Apesar dos personagens fazerem constantes referências a paisagem, ou ao céu, o fundo é infinito, tendo constantes alterações de luz e cor que indicam mudanças de dia/noite, clima e de momentos importantes do filme. O filme ainda tem um narrador onisciente e é o próprio Lars von Trier quem controla a câmera.
Tudo isso são artimanhas do diretor para que o público não se esqueça de que assistem a uma peça de ficção, valorizando o trabalho dos atores. O resultado é aberto a opiniões: alguns espectadores saem maravilhados com a sensibilidade com que Lars retrata a arrogância humana e a atuação brilhante (Nicole Kidman, vencedora do Oscar por As Horas), outros acham o filme longo e maçante (o filme tem quase três horas de duração).
Influências e referências
Dogville apresenta claras referências visuais e influências de produção herdadas do movimento Dogma 95, manifesto cinematográfico que foi iniciado pelo próprio Lars Von Trier. Em Dogville temos a ausência de trilha sonora no filme, câmera na mão, não há deslocamentos temporais ou geográficos. Entretanto, em Dogville há a presença de gruas, iluminação artificial e cenografia, itens que eram proibidos no Manifesto Dogma 95.
Existem visíveis influências teatrais em Dogville, como o teatro de Bertolt Brecht, que costumava colocar avisos de 'atenção, não se emocione, isso é ficção' em suas peças; o teatro caixa preta, realizado em um único cenário com as paredes todas pretas, e finalmente o teatro do absurdo, onde os atores improvisam e criam situações onde interagem com objetos imaginários.
Percebe-se na construção da trama e no foco humanista do tratamento dos personagens influências de escolas de filosofia, especialmente as gregas. Por duas vezes cita-se nos diálogos os ensinamentos dos estoicistas, uma escola que pregava o abandono da emoção para vivermos sem dor. E muito da moral da história gira em torno da diferença entre o altruísmo - dar sem esperar nada - e o quid pro quod - que exige uma compensação equivalente para cada ação." Extraído de Wikipédia

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Indiana Jones e o brilho perdido!




Ao assistir a Indiana Jones, fiquei decepcionada! O grande herói da minha infância está aposentado! Toda aquela emoção e arrepio que sentiaoutrora assistindo às pérolas de acção de Spielberg se foram...ainda pensei: Será que estou velha de mais para este tipo de filme? E logo me dei conta de que o problema não era eu...o filme está todo errado, repete as mesmas cenas, a mesma receita com os ingredientes mal misturados. A nosso diretor concretizou esta aventura em "piloto automático", conforme a crítica que transcrevo a seguir. Fiquei muito triste! Eu até tinha cadernos da escola estampados com Indiana Jones na capa!

"Quase 20 anos se passaram desde a última aparição nas telas de Indiana Jones, ao lado do pai, depois de encontrar o Santo Graal. Nesse meio tempo, o diretor Steven Spielberg passou definitivamente de filmes de aventura para dramas mais sérios.
Agora, ele retoma o arqueólogo mais famoso do cinema em "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal", que estréia em todo país nesta quinta-feira em cópias dubladas e legendas.
Alguns aspectos permanecem intactos no novo filme, como o ar retrô que a série sempre teve, o humor tipicamente norte-americano, as perseguições, e a trilha sonora onipresente de John William. Mas uma frase de Harrison Ford, na pele de Indiana, parece uma ironia com o que se vê na tela: "É sempre a mesma coisa."
Os dois primeiros filmes da série, "Os Caçadores da Arca Perdida" (1981) e "Indiana Jones e o Templo da Perdição" (1984), tinham um clima de matinê, uma leveza da diversão despretensiosa que Spielberg já havia perdido em "Indiana Jones e a Última Cruzada" (1989).
Dessa vez, o diretor, ganhador do Oscar por "O Resgate do Soldado Ryan" (1998) e "A Lista de Schindler" (1993), não tem o mesmo vigor. Parece pensar que filmes de aventura são menores se comparados aos grandes dramas que fez nos últimos anos. Por isso, dá a impressão de dirigir o filme no piloto automático.
Tal qual "O Resgate do Soldado Ryan", os 20 primeiros minutos são muito bons. O mesmo nível nunca mais é atingido até o final. A história começa no final dos anos de 1950, com a Guerra Fria polarizando o mundo. Soldados soviéticos conseguem se infiltrar numa base nuclear dos EUA e buscam um caixote valioso num depósito. Para encontrá-lo, precisarão da ajuda do prisioneiro Indiana Jones.
BLANCHETT VILÃ
Nas primeiras cenas é introduzida a vilã -- e melhor personagem do filme -- Irina Spalko (Cate Blanchett), uma cientista soviética brilhante, conhecida como a 'favorita de Stalin'. Com sua inteligência e um corte de cabelo à Louise Brooks, ela é uma vilã à altura de qualquer herói -- até James Bond teria dificuldades para lidar com ela.
É claro que Indiana Jones vai conseguir fugir desses vilões e sobreviver a um teste nuclear. Depois, é levado para uma floresta da América do Sul por Mutt (Shia LaBeouf, de "Transformers"), para salvar a mãe do rapaz e mais um velho amigo do arqueólogo. Mais tarde, depois de muitos encontros desagradáveis com insetos e algumas perseguições, o Dr. Jones descobrirá que a mãe do garoto é Marion (Karen Allen), sua namorada de "Os Caçadores da Arca Perdida".
Os assuntos familiares ficarão para mais tarde, uma vez que os russos estão chegando, em busca de uma caveira de cristal e um reino perdido que dão poderes a quem os encontrar. Por isso, os soviéticos estão em busca dessa lenda, para assim dominar o mundo.
Em "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal", Spielberg consegue combinar dois temas que lhe são caros: a questão da paternidade e alienígenas. Mas nunca os desenvolve muito bem, pois o filme conta apenas com uma correria atrás da outra -- em especial na Floresta Amazônica e nas Cataratas do Iguaçu, que, na geografia confusa do filme, são bem pertinho uma da outra.
Subversões geográficas à parte, "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" é pura diversão -- mas não no mesmo nível que Spielberg conseguiu antes. Depois de muito copiado por filmes como "A Múmia", "Sahara", e até "Código Da Vinci", Indiana Jones está de volta para retomar seu posto -- mas não faria mal algum delegar o chapéu e o chicote a um herdeiro."
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb. São Paulo, Reuters)

Fluminense derrota Boca Juniors e está na final da Libertadores

"O Fluminense garantiu presença na final da Copa Libertadores pela primeira vez na história com uma virada sobre o Boca Juniors por 3 a 1 nesta quarta, diante de um Maracanã lotado.
Precisando de uma vitória simples para avançar por conta do 2 a 2 da partida de ida, em Buenos Aires, o Fluminense começou em desvantagem. Aos 12 minutos do segundo tempo, Palermo recebeu cruzamento e aproveitou bobeira da defesa para cabecear a bola entre Fernando Henrique e a trave.
O empate do Fluminense veio aos 18, em bela cobrança de falta de Washington no ângulo esquerdo de Migliore. O lance surgiu de jogada de Dodô, que entrou no lugar de Ygor e comandou a reação do Fluminense.
A virada veio pouco depois, aos 25, num lance de sorte de Darío Conca. O argentino recebeu em velocidade de Dodô, chutou cruzado pela direita e a bola bateu no lateral Ibarra, desviando e enganando o goleiro.
Os minutos finais do jogo foram marcados pela pressão do Boca, que precisava de um empate em 2 a 2 para levar a decisão para os pênaltis.
Mas o tricolor carioca acabou fazendo o terceiro nos acréscimos, em bela jogada individual de Dodô. Ele recebeu passe de Palacio, invadiu a área e bateu sem chance para Migliore, na saída do goleiro.
O Fluminense disputa o título com a Liga Deportiva Universitaria de Quito, que eliminou o América do México em partida disputada ontem. O primeiro jogo será no dia 25 deste mês, no estádio Casa Blanca da capital equatoriana.
A grande decisão da Libertadores está marcada para 2 de julho, novamente no Maracanã - que poderá ver a equipe entrar para a história da competição sul-americana.
Coincidentemente, as duas equipes se enfrentaram no grupo 8 da segunda fase da competição. Houve empate sem gols em Quito, na estréia de ambos desta temporada, enquanto no Rio de Janeiro o tricolor carioca venceu por 1 a 0, com gol de Cícero." Extraído do site do Yahoo.

Amália Rodrigues


De manhã, que medo, que me achasses feia!
Acordei, tremendo, deitada n'areia
Mas logo os teus olhos disseram que não,
E o sol penetrou no meu coração.
Vi depois, numa rocha, uma cruz,
E o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas
Dizem as velhas da praia, que não voltas:São loucas! São loucas!
Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo, em meu redor,
Me diz qu'estás sempre comigo.
No vento que lança areia nos vidros;
Na água que canta, no fogo mortiço;
No calor do leito, nos bancos vazios;
Dentro do meu peito, estás sempre comigo.

Dulce Pontes


Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

Martinália

Se eu fingir e sair por aí na noitada, me acabando de rir
Se eu disser que não digo e não ligo, que fico...
Que só vou aprontar
É que eu sambo direitinho, assim bem miudinho, 'cê não sabe acompanhar
Vou arrancar sua saia e pôr no meu cabide só prapendurar
Quero ver se você tem atitude e se vai encarar
Se eu sumir dos lugares, dos bares, esquinas e ninguém me encontrar
E se me virem sambando até de madrugada e você for até lá
É que eu sambo direitinho, assim bem miudinho, 'cê não sabe acompanhar
Vou arrancar tua blusa e pôr no meu cabide só pra pendurar
Quero ver se você tem atitude e se vai encarar
Chega de fazer fumaça, de contar vantagem, quero verchegar junto pra me juntar.
Me fazer sentir mais viva, me apertar o corpo e a alma me fazendo suar.
Quero beijos sem tréguas, quero sete mil léguas sem descansar
Quero ver se você tem atitude e se vai me encarar
Se eu fingir e sair por aí na noitada, me acabando de rir
E se eu disser que não digo e não ligo e que fico...
E que só vou aprontarÉ que eu mando direitinho, assim bem miudinho, sei que você vai gostarVou arrancar sua blusa e pôr no meu cabide só pra pendurar
Quero ver se você tem atitude e se vai encarar

Meredith Monk


Meredith Monk (Perú, Lima, 1943) é compositora, cantora, coreógrafa, autora de Nova Ópera e de instalações, e ainda realizadora de cinema, uma pioneira naquilo a que se chama de “técnica vocal extendida” e “performance interdisciplinar”.Durante uma carreira que se espraia por mais de 40 anos, os críticos e o público têm aclamado Monk como uma das forças criativas mais importantes das artes cénicas. Entre os músicos influenciados pela sua obra estão Laurie Anderson e Björk. Em 1999, Monk realizou a performance “Vocal Offering” para sua Santidade o Dalai Lama, como parte do “Sacred Music” Festival, em Los Angeles.Meredith Monk colabora actualmente com alguns dos intérpretes mais brilhantes e aventureiros da cena musical actual, os Vocal Ensemble, que têm actuado nos principais teatros e auditórios mundiais como o Carnegie Hall, o Queen Elizabeth Hall e a Cologne Philarmonie, entre outros. Os membros do Vocal Ensemble representam diferentes culturas, incluindo a Ásia, a África, a Europa e a América Latina, abordando diversas tradições artísticas, desde a ópera Chinesa e ocidental, até à Broadway e ao teatro musical, bem como todo o tipo de peformances multidisciplinares.

Yma Sumac


Yma Sumac nasceu em 13 de setembro de 1922 , em Cajamarca, Peru, como Zoila Augusta Empératriz Chávarri del Catillo. Ela adaptou o nome Imma Sumac na América do Sul, antes de ir aos EUA. Tal nome foi baseado no nome de sua mãe, que derivava de Ima Shumaq, que significava "linda flor", e até mesmo "linda garota", como declarou em algumas de suas entrevistas.Yma Sumac possuia um enorme alcance vocal que ia acima de 4 oitavas. Na gravação de sua canção Chuncho, ela bate sua nota mais baixa, Bb2, e sua nota mais alta, C#7, possuindo 4,2 oitavas.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Totó la Monposina


Totó la Momposina é uma cantora columbiana, que mistura os ritmos tradicionais dos índios sul-americanos com a música afro-latina.Totó nasceu numa família de músicos por várias gerações, numa ilha ao norte do país, chamada Santa Cruz de Mompox, de onde lhe vem a alcunha. Seu pai era um humilde sapateiro, e sua mãe iniciou-a nos ritmos indígenas;
Formada em História da Arte e da Música pela Sorbonne, começou em França sua carreira musical internacional, sendo mais conhecida no estrangeiro que no seu próprio país. Da imprensa e dos admiradores recebeu a alcunha de "A Diva Descalça" - por jamais usar calçados nos palcos.
Seu grande salto para a fama deu-se em Estocolmo, no ano de 1982, quando apresentou-se durante a cerimônia de entrega do Prémio Nobel de Literatura, concedido naquele ao escritor colombiano Gabriel García Márquez.
Em 2003 ela realizou, nos estúdios do cantor norte-americano Peter Gabriel, um álbum chamado La Candela Viva, que foi indicado para o Grammy.
A cantora explica seu apelido "Totó", da seguinte forma:
"Totó es un nombre que me puso mi mamá desde pequeña, y además es un nombre sonoro que a nadie se le olvida". (numa tradução livre: Totó é um nome que minha mãe me colocou quando eu era pequena e, além disso, é um nome sonoro que ninguém esquece.) Tanto o nome como a voz energica. Um ótimo som para um dia chuvoso!

"O Cirquinho de Luísa" com mais uma temporada prorrogada!


O espetáculo para bebês "O Cirquinho de Luísa" tem temporada prorrogada até dia 6 de Julho. Sábados e Domingos às 15 horas no Teatro Cândido Mendes!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

A mente voa


"A importância dos planos de vôo: Como você concilia os seus objetivos e atitudes?
A mente dos pessimistas atua como moscas. Voa atarantada, alternando percursos. Pousa em alimentos doces e nutritivos, e logo depois vai atrás de feridas, águas paradas e dejetos. Os negativistas reagem a uma coisa boa lembrando-se de críticas ou tentativas mal sucedidas, repetem sempre frases com mensagens desanimadoras. Já a mente dos otimistas se assemelha à das abelhas: seu vôo é direcionado. Seja na busca do pólen, seja na produção do mel, as abelhas buscam benefícios para sí e para as flores. É esse estado de espírito que dá garra, ajuda na geração de idéias, torna as pessoas agradáveis aos olhos dos outros.Você mostra um plano e ouve um não vai dar certo , acompanhado de um nariz empinado?
É terrível, não? Talvez seu interlocutor apenas tentou visualizar os riscos de um projeto para evitá-los ou administrá-los. Nesse caso você vai se beneficiar com as críticas.O perigo é o pessimista crônico, aquele que tende a apontar aspectos negativos para se sentir importante, evitar o sucesso alheio porque não quer se envolver com mudanças decorrentes de novas idéias. O pessimismo pode ser contagioso. Toda vez que a mente humana absorve uma determinada forma de pensar, ela tende a repetir esse percurso. Assim, uma crítica negativa pode desencadear uma avalanche de condenações. Da mesma forma, quanto mais pessimistas forem as pessoas de um determinado meio, mais pessimistas elas ficarão. Felizmente, o otimismo também contagia. Idéias provocam mais idéias, pessoas motivadas geram mais motivação. Você provavelmente já viveu esse processo. Às vezes ele é interrompido pelo zumbido de alguma mosca, mas caso contrário ele só tende a crescer. Como sua mente voa? Ela tende a se desviar de seus objetivos e pousa nas críticas como as moscas? Ou será que como as abelhas - persegue as oportunidades, absorvendo o que há de bom e bonito do meio ambiente? Voar como mosca, devido a algo que ocorreu ou contaminado pela influência de outros, tira a energia para a ação. A tendência é permitir que os pensamentos negativos se multipliquem seguidos pela inveja e vontade de ver o circo pegar fogo. Por outro lado, cada vez que você voa como abelha, sua autoconfiança cresce. E cresce também a vontade de realizar, o prazer pelo desafio, o bom humor.Não significa que você não verá os riscos, mas sim que vai administrá-los de uma forma construtiva. O pensamento não é incontrolável: Os seres humanos são capazes de recorrer a um diálogo interno no qual cada pessoa, ao se perceber num vôo de mosca, pode se propor a mudar para o vôo da abelha. Esse procedimento é chamado de meta-pensamento, ou seja, pensar sobre como pensar. A maioria das pessoas acredita que andar, falar ou pensar são manifestações totalmente espontâneas. Na verdade, são hábitos aprendidos e apreendidos e, como tal, podem ser modificados. Em minha prática com direcionamento mental, presencio resultados rápidos e permanentes. Basta um pouco de técnica e a conscientização constante dos rumos que a mente está tomando. Você domina seus pensamentos. Prefere mosca ou abelha?"Para saber mais, acesse: http://www.giselakassoy.com.br/

Gisela Kassoy, consultora especialista em Criatividade e Inovação. Estudou na Creative Education Foundation e no Center for Creative Leadership, nos Estados Unidos, e fez o curso de Pensamento Lateral, na Bélgica. Além da pós-graduação em Dinâmicas de Grupos, pela PUC.

"Terapia do Riso" reestréia na Gávea

"Espetáculo está há mais de dois anos em cartaz sem qualquer patrocínio!"
"Depois de uma breve pausa, o espetáculo "Terapia do riso" reestréia hoje, no Teatro Vanucci. Já são mais de dois anos e meio em cartaz, sem qualquer patrocínio, levando para o palco os problemas de 20 personagens que ganham vida com os atores Carlos Alexandre, Hellen Suque e Israel Linhares.
"Começamos com nove histórias e, a cada temporada, substituímos um personagem ou outro. Os textos são inspirados no cotidiano, claro que com uma certa dose de exagero para ficar mais engraçado, mas as pessoas acabam se identificando da mesma maneira", afirma Israel.
É por esta e outras razões que mais de 250 mil espectadores já assistiram à peça, que tem direção de Anja Bittencourt. O ponto de partida é simples: uma terapia de grupo, onde os atores se revezam para contar ao analista os problemas de seus personagens. Já aconteceu inclusive de pessoas da platéia resolverem se unir ao grupo. "Elas gargalham, gritam e participam dando opinião, como se fosse uma terapia mesmo. Umas três vezes aconteceu de subiram ao palco e se sentarem no divã para dividir suas angústias e inquietações", lembra o ator.
Israel explica que é preciso jogo de cintura para dar conta da intensa troca de papéis. "Cada um de nós construiu seus personagens e escreveu seus textos. Foram necessários dois meses antes de estrearmos. A caracterização contribui bastante para a graça, mas também é exigido do ator muito ensaio e muita agilidade. Afinal, trocamos de personagem no palco".
Israel explica que, enquanto um deles está à frente, em cena, os outros dois ficam nos camarins, que servem também de cenário, fazendo a troca de forma muito sutil, para não desviar as atenções. "Muita gente garante que nem percebe. Estão tão entretidos com a encenação, que acabam se esquecendo de que estamos ali atrás", garante. Apesar do tom de brincadeira, o espetáculo é coisa séria. Israel explica que o grupo foge aos clichês e preza pelo humor inteligente. "Tentamos sempre trabalhar com alguma crítica social. Quando as pessoas se referem ao nosso espetáculo dessa maneira, acredito que seja por isso".
Para esta nova temporada, "Terapia do riso" promete algumas novidades, como o "muambeiro compulsivo", um novo personagem que trabalha como camelô e vende de tudo um pouco. "A história dele não deixa de fazer uma crítica ao consumismo, a essa compulsão das pessoas pelo novo"." Por Zaira Brilhante, extraído do site http://www.tribuna.inf.br
TERAPIA DO RISO - Teatro Vannucci (R. Marques de São Vicente, 52 - Gávea. Tel.: 2274-7246) De sex. a sáb., às 21h. Dom., às 20h. Ingressos a R$ 40 (sex.) e R$ 50 (sáb. e dom.).

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Art'Cênicas


A formar atores para TV e Vídeo, a agenciar celebridades...o Art'Cênicas não pára! As novas joias de ouriversaria da atuação nacional passam por lá e brilham: temos, entre muitas, Alinne Morais e Cris Viana, duas beldades a encher o telão do horário nobre. Também faz parte da coleção do acervo da casa a atriz brasileira Clara Choveaux, que concorreu com Nicole Kidman à Palma de Ouro, no Festival de Cannes, em 2003, pelo filme “Tirésia”, de Bertrand Bonello.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Caipirinha sempre!


Ingredientes: 1 limão de casca fina- 2 colheres (chá) de açúcar- 2 doses de cachaça Janeiro ou Velho do Barreiro- Gelo em cubos e hortelã (opcional).

Retire as pontas e corte o limão em duas partes. Removendo de cada uma delas a parte central (branca) do bagaço. Isso evita que a bebida se torne amarga. Coloque o limão e o açúcar em um copo e, com um socador de madeira, amasse bem até que vire uma calda grossa. Acrescentar primeiramente o gelo e um pouco de cachaça, misturar bem e depois levar a uma coqueteleira com o restante da cachaça e o hortelã, misturar tudo com gelo e servir.
Impossível tomar uma só. Caso esteja na praia em Ipanema, pode apostar numa boa caipirinha na barraquinha da Bahiana.

A garota de Ipanema


Olha que coisa mais linda,
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem que passa
Num doce balanço
Caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado
É mais que um poema
É a coisa mais linda
Que eu já vi passar
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho
Se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor

Serge Gainsbourg


Je suis l'homme a tete de chou
Moitie legume et moitie mec
Pour les beaux yeux de marilou
Je suis aller porter au clou ma remington
Et puis mon break
J'etais a fond de cale a bout de nerfs,
J'avais plus un kopek
Du jour ou je me mis avec elle
J'perdis a peu prés tout
Mon job,la feuille de chou a scandale
Qui me donnait le beefsteack
J'etais fini,foutu, echec et mat au yeux de Marilou
Qui me traitait comme un blanc-bec
Et me rendais a moitié coucou
Ah non tu peux pas savoir mec,
Il lui fallait discothéque et bouffer au Kangourou club
Alors je signait des chéques sans provisions
J'etais fou,fou
A la fin j'y fis le caillou
Comme un melon, une pasteque mais,moment!
je vais pas tout deballer comme ça aussi sec
Quoi moi, l'aimer encore? des clous Qui et ou suis-je ?
Chou ici ou dans la blanche ecume
Varech sur la plage de Malibu

La Vie en Rose de Edith Piaf

Des yeux qui font baisser les miens,
Un rire qui se perd sur sa bouche,
Voilà le portrait sans retouche
De l'homme auquel j'appartiens
Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas,Je vois la vie en rose.
Il me dit des mots d'amour,
Des mots de tous les jours,
Et ça me fait quelque chose.
Il est entré dans mon coeur
Une part de bonheur
Dont je connais la cause.
C'est lui pour moi.
Moi pour lui
Dans la vie,
Il me l'a dit, l'a juré pour la vie.
Et dès que je l'aperçois
Alors je sens en moi
Mon coeur qui bat
Des nuits d'amour à plus finir
Un grand bonheur qui prend sa place
Les ennuis les chagrins s'effacent
Heureux, heureux à en mourir.
Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas,Je vois la vie en rose.
Il me dit des mots d'amour...

Balthus - o último moderno

‘‘O olhar converteu-se em contato, ser visto com atenção é ser tocado.’’ A frase dita por Marie Pierre Colle Corcuera dá a dimensão erótica da obra de Balthasar Klossowski de Rola, o pintor francês Balthus. Marie Colle foi uma das muitas adolescentes retratadas pelo pintor, juntamente com duas irmãs que posaram para o sensual quadro As Três Irmãs, realizado há mais de 40 anos. Suas recordações falam de um homem dedicado à tarefa de recriar corpos e olhares, em um ambiente de concentração e escassas palavras. Último remanescente do que se poderia chamar a idade de ouro da pintura moderna, Balthus é também um exemplo de artista enigmático que raras vezes permitiu ou facilitou a exploração de seus dados biográficos para a interpretação e análise da obra que construiu. Muitas dúvidas persistem sobre as razões de seu principal tema. A retratação repetitiva de adolescentes era uma obsessão sexual ou um mero jogo, um assunto escolhido para compor um discurso sobre as transformações vividas pelo corpo? Com sua morte, devem vir à cena estudos que analisem a questão mais detalhadamente. O que se sabe é que as meninas-mulheres de Balthus parecem guardar um enigma. Em cenas aparentemente banais que reproduzem mocinhas lendo, dormindo ou devaneando, o ambiente é perturbado pela conotação erótica, como em Menina e Gato, de 1937, ou O Jogo de Cartas, de 1948-1950, na verdade um jogo de sedução, com temores e desafios, entre dois adolescentes. Os corpos ainda não completamente formados e, muitas vezes, a imagem de um gato na espreita delineiam o quadro da infância. Mas o olhar das meninas, ardente, às vezes perverso, indica o despertar violento da tomada de consciência do poder da sexualidade. Esse olhar, essas composições de silêncio e solidão fornecem às obras um aspecto melancólico, quase trágico, carregado de erotismo, mas sem conotação pornográfica. Um crítico norte-americano costuma dizer que o artista queria com tudo isso referir-se à natureza sagrada do erotismo, esse movimento, como já disse um amigo de Balthus, Georges Bataille, cujo fim é alcançar o ser no que tem de mais íntimo. O próprio Balthus ajudou a aumentar a carga de ambigüidade na análise de sua obra. Negou muitas vezes o aspecto erótico, mas dizia que gostava de chocar. Esse dândi aristocraticamente reservado, no final da vida, se tornou mais acessível e concedeu algumas entrevistas que no futuro poderão ajudar na leitura de seu trabalho. ‘‘Eu não compreendo por que as pessoas vêem as pinturas das garotas como Lolitas. Minha pequena modelo é absolutamente intocável para mim’’, disse ao crítico de arte do The New York Times, Michael Kimmelman, em 1996. A um outro entrevistador, entretanto, comentou que preferia trabalhar com modelos meninas porque elas representam uma mescla de sensualidade inocente que uma mulher jamais tem. Jed Perl, crítico de arte do The New Republic, em longo artigo publicado em 1999, comentou que as meninas de Balthus não são vítimas, elas habitam um mundo de sonhos delas próprias. E há quem diga que a fábula das adolescentes não tem nada a ver com uma obsessão sexual, exceto aos olhos de quem contempla. O tema das adolescentes lânguidas deverá desafiar ainda muitos historiadores de arte. Polêmicas desse conteúdo à parte, o certo é que Balthus deixou importante e qualificado legado. O catálogo raisonne de seus trabalhos inclui 2.100 obras, das quais 350 são pinturas. Avesso a filiações, era enfático em dizer ‘‘eu não sou um pintor moderno’’. Contemporâneo de Pablo Picasso, Alberto Giacometti e Juan Miró (a quem retratou com a filha Dolores), ele nunca se sentiu à vontade em pertencer a grupos, correntes de pensamento ou estilo, embora sempre tenha sido classificado como um pintor realista. Diferentemente dos pintores norte-americanos do século passado, para quem a abstração era o fundamental, para os europeus a figuração manteve sua importância ao longo do século 20 (é bom recordar a obra do inglês Lucian Freud). Balthus permaneceu fiel a essa orientação, já apontada no seu primeiro livro de desenhos, intitulado Mitsou: Quarenta Imagens de Balthus, lançado quando tinha 13 anos, com introdução de Rainer Maria Rilke, amigo e admirador de sua mãe, que funcionou para o jovem Balthus como uma espécie de preceptor informal. A convivência com Rilke (e sua influência) também é outro aspecto da biografia do artista a ser estudado. Alguém já disse que Balthus é um artista de quem nada se sabe. Até mesmo o título de conde que passou a anteceder seu nome, depois da morte do pai, em 1949, muitos dizem ser parte da lenda que inventou para si mesmo. De concreto ficou a obra espetacular, pungentemente erótica, de um criador que insistia ser apenas mais um trabalhador. ‘‘Eu não pinto para interpretar ou transmitir mensagens. Eu apenas pinto’’, continuou dizendo até a morte. Graça Ramos, em especial para o Correio.

Joaquim Namorado - Poeta da Incomodidade

Joaquim Namorado viveu entre 1914 e 1986. Nasceu no Alentejo, licenciou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, dedicando-se ao ensino. Notabilizou-se como poeta neo-realista, tendo colaborado nas revistas Seara Nova, Sol Nascente, Vértice, etc. Obras poéticas: Aviso à Navegação (1941), Incomodidade (1945), A Poesia Necessária (1966). Ensaio: Uma Poética da Culutra (1994).)Dizem que foi o Joaquim Namorado quem, para iludir a PIDE e a Censura, camuflou de “neo-realismo” o tão falado “realismo socialista” apregoado pelo Jdanov...Entre muitas outras actividades relevantes , foi redactor e director da Revista de cultura e arte Vértice, onde ficou célebre o episódio da publicação de pensamentos do Karl Marx, mas assinados com o pseudónimo Carlos Marques. Um dia, apareceu na redacção um agente da PIDE a intimidar: “ó Senhor Doutor Joaquim Namorado, avise o Carlos Marques para ter cuidadinho, que nós já estamos de olho nele”...No concelho da Figueira – considerava-se um figueirense de coração e de acção. Cidadão que teve uma vida integra, de sacrifício e de luta, sempre dedicada á total defesa dos interesses do Povo. Nos dias 28 e 29 de Janeiro de 1983, por iniciativa do jornal Barca Nova, a Figueira prestou-lhe uma significativa Homenagem, que constituiu um acontecimento nacional de relevante envergadura, onde participaram vultos eminentes da cultura e da democracia portuguesa. Na sequência dessa homenagem, a Câmara Municipal da Figueira, durante anos, teve um prémio literário, que alcançou grande prestígio a nível nacional.Santana Lopes, quando passou pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com o “Prémio do Conto Joaquim Namorado."Fiquei em Coimbra a vender lições como quem vendia tremoços", dizia ele para explicar que teve de viver de explicações!

"A poesia é uma máquina de produzir entusiasmo e é preciso que os versos sejam verdadeiros na vida dos poetas como a tua mão erguida sobre os anos futuros."

"Então os teus versos estarão na primeira fila dos pioneiros cobertos de cicatrizes
porque fizeram todo o caminho do tempo multiplicados por milhões de vozes pela alta potência dos alto-falantes como uma bandeira erguida sobre os anos futuros."

"Antropofagia. O poeta devorou a musa, roam-lhe agora os ossos."

João Cesar Monteiro

Um cineasta português marcante pela sua constante irreverência. Nomeadamente em "Branca de Neve" (2000), filme envolto em polémica e discussão devido à ausência de imagens durante quase todo o filme, facto esse que leva alguns a não considerar esta obra um filme embora tenha sido criada para o cinema. Diz-se que todo o filme foi rodado como é habitual mas com um pormenor, o diretor colocou um casaco na frente da lente da câmera, propositadamente, impedindo a gravação de imagens...só o som foi registado.

"João César Monteiro (Figueira da Foz, 2 de Fevereiro de 1939Lisboa, 3 de Fevereiro de 2003) foi um cineasta português. Integrou o grupo de jovens realizadores que se lançaram no movimento do Novo Cinema. Irreverente e imprevisível, fez-se notar como crítico mordaz de cinema nos anos sessenta.
Prossegue a tradição iniciada por Manoel de Oliveira (Acto da Primavera) ao introduzir no cinema português de ficção o conceito de antropologia visualVeredas e Silvestre (filme) —, tradição amplamente explorada no documentário por outros cineastas portugueses como António Campos, António Reis, Ricardo Costa, Noémia Delgado ou, mais tarde e noutro registo, Pedro Costa.
Segue um percurso original que lhe facilita o reconhecimento internacional. Várias das suas obras são representadas e premiadas em festivais internacionais como o Festival de Cannes e o Festival de Veneza (Leão de Prata: Recordações da Casa Amarela)."

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Fátima Café no Teatro Cândido Mendes


"As Aventuras de Chiquinha Maluca" é o novo espetáculo de Fátima Café em cartaz no Teatro Cândido Mendes.

"Chiquinha Maluca vive sozinha no sertão. Ela adora ler histórias de cordel sobre bicho papão. Após cada livro, ela inventa uma aventura diferente e no final os bichos viram amigos. Com isso, ela vira personagem do famoso cordel “As Aventuras de Chiquinha Maluca”.O espetáculo apresenta às crianças a literatura de cordel através de uma história recheada de aventura, ternura e riso. A partir de pesquisa minuciosa ao folclore brasileiro, especificamente aos mitos e personagens assombrosos, o espetáculo trabalha com a fantasia oriunda desse universo imaginário. O “bicho papão”, personagem muito utilizado como disciplinador de crianças, ganha contornos diferentes, sendo invariavelmente ludibriado pela personagem principal, que utiliza recursos inusitados para enfrentá-los e torná-los seus amigos.Assim, tendo como tema as fantásticas caçadas de Chiquinha Maluca a peça passeia, em forma de versos de cordel, pelo imaginário popular desvendando suas riquezas."

"A Casa da Madrinha" com cenário de Clívia Cohen


O espetáculo infantil "A casa da Madrinha" em cena no Teatro do Leblon!

"O jovem Alexandre, vendedor de picolés, abandona a escola por problemas financeiros e resolve procurar a casa da madrinha. No meio do caminho ele encontra um pavão, que se torna companheiro de viagem. Sem dinheiro e comida, eles resolvem fazer um show em praça pública onde o Pavão seria a grande estrela. Lá, eles conhecem a menina Vera. Ela embarca na aventura montada no cavalo AH. O trio percorre caminhos desconhecidos cheios de obstáculos. Depois de vencerem o medo e a escuridão, os três encontram a Casa da Madrinha, onde todos os sonhos tornam-se realidade."

É de louvar o trabalho dos jovens atores no belíssimo cenário de Clívia Cohen. Luísa e eu não resistimos em tirar uma foto com o pavão bonitão!

Cinematerapia:



Aprender a lidar melhor com os traumas atrvés do cinema!

Cheia de dramas, situações pitorescas e momentos de suspense, a vida daria um filme. Mas, muitas vezes, a sensação é de que ela já foi filmada - e é a nossa história que está sendo representada na tela. Por meio das lágrimas derramadas pelo mocinho ou dos risos causados pelo comediante, o telespectador revisita experiências, liberta-se dos medos, tem o ânimo revigorado. A história serve como pano de fundo para a representação de sentimentos ou situações parecidas.
"O cinema tem uma função catártica, purificadora", explica o psicólogo Jacob Goldberg, autor do livro "Psicologia em Curta-metragem" (São Paulo: Novo Conceito), que recomenda a cinematerapia a muitos de seus pacientes. "Assistindo a um filme, a pessoa vive realidades que o cotidiano não permite", completa.
Autoras de "Cinematerapia para a alma" (Editora Verus), Nancy Peske e Beverly West explicam, no livro, que os filmes, mais do que uma forma de entretenimento, são importantes instrumentos que podem nos inspirar a crescer e nos motivar na busca de um sentido maior para a vida.
Golberg concorda. "Assistindo a um filme, sentimos vontade de fazer um roteiro da nossa própria vida", diz.
O Hospital e Maternidade São Cristóvão, em São Paulo, promove, todos os meses, o Bate Papo no Cinema, encontro gratuito no qual é apresentado um filme. O objetivo do serviço, segundo o psicólogo Marcelo Gianini, é proporcionar reflexões sobre aspectos psicossociais do dia-a-dia.
"Os temas são diversos. Com os filmes, fazemos com que a pessoa reconheça situações do seu dia-a-dia ou da rotina de um outro alguém, proporcionando a troca de experiências e idéias sobre a melhor forma de se lidar com cada assunto", esclarece o psicólogo.
A professora Deise Ramos, de 51 anos, esteve presente na última sessão, na qual foi exibida "Quem Somos Nós?", um misto de documentário e narrativa ficcional que conecta a ciência à espiritualidade. "Acredito que um bom filme tem o poder de mudar meu estado de espírito", diz Deise, que prefere as produções européias. Segundo ela, o importante é que o filme traga um sentido profundo.
Para viver um amor
- Amélie Poulain (2001) - A excêntrica Amélie (Audrey Tautou) certamente tem um motivo para fugir de um relacionamento íntimo: seus pais superprotetores criaram a filha com medo de um súbito "mal" do coração. Porém, ela aprende a se divertir com as coisas simples, enfiando a mão num saco de cereais ou brincando com creme brulée com uma colher de chá. Mas será que ela terá a coragem de expressar seus profundos anseios, procurar amor e a intimidade e deixar para trás seu mundo de fantasia? Esse é um filme delicioso e inspirará você a aceitar seus próprios caprichos, a confiar no destino e se esforçar na busca daquilo que você merece.
Contra a ansiedade
- Um dia de cão (1975) - Se você sente que está vivendo num mundo em que as coisas só tendem a piorar, assista à história de um homem desempregado e incapaz de pagar a operação de mudança de sexo de seu namorado que tem a idéia de assaltar um banco sem ter o menor talento para o crime.

Para se reerguer
- O Mágico de Oz (1939) - Como vemos em "O Mágico de Oz", às vezes ignoramos nossas habilidades, subestimamos nossos poderes e acabamos percorrendo trilhas tortuosas através de escuras florestas, em busca de algum ser todo-poderoso que nos dê respostas e resolva todos os nossos problemas. Como Dorothy (Judy Garland), não percebemos que temos o poder e nosso interior, de voltar à fonte de nossa força e alegria sempre que quisermos. O segredo revelado neste clássico não é só que nossos magos geralmente são homens assustados, mas sim que, se quisermos sair do marasmo e ir para onde desejamos, temos que reconhecer nosso poder pessoal.

Por Lola Félix. Extraído do site do Yahoo.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Dia da Mãe!

Quando eu era pequenino
Acabado de nascer
Ainda mal abria os olhos
Já eram para te ver.