sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Pó de arroz, um arroz com gorgulho talvez, embalo para um pensamento pueril

Quando a idade é de descoberta e se ganha, num dia após o outro, a noção de paz, proximidade com o universo e consciência de "tábua rasa".  Essa idade é a pueril, aquela que nos embala de uns anos para os outros e que nos fica na memória e na pele como esse pó-de-arroz de Carlos Paião me ficou assim num eco no meio do vento daquele lugarejo. É um para sempre jovem, para sempre lindo, para sempre pueril na memória, tocando "na veia" depois.

Enquanto essa música lembrar uma geração sequiosa de emoção e nostalgia, esse tempo ficará no nosso de hoje como um tempo de cerejas, efémero mas um tempo que deu à luz. E esse Carlos sempre me lembrou o meu padrinho e fica assim me parecendo ele sempre!(Risos) Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=zgU3jCmcpPc&NR=1

Ou numa versão mais moderna de Tiago Bittencourt: http://www.youtube.com/watch?v=G-tX__ehE8c&feature=player_embedded

Pó de Arroz,

Na face das pequenas
Será beleza apenas, só
Uma corzinha com

Pó de arroz
Rosa é, mulher o pôs
E o homem vai nas cenas

Eva e Adão outra vez
É como enfeitar um embrulho
Arroz com gorgulho talvez

Pó de arroz
Do teu arrozal
Esse pó que é fatal
És a tal que me encanta com

Pó de Arroz
Não faz nenhum mal
É de arroz integral
Infernal, quando chegas com

Todo o teu arroz

Pó de Arroz
Tens hoje só pra mim
Pós de perlimpimpim
És um arroz doce sim

Pode ser
Um canto de sereia
Serei a tua teia
E tu serás meu algoz
Mas quando te vais alindar
Alindada vens dar no arroz