quinta-feira, 29 de julho de 2010

A vida é simples!

[Foto de A.O]
Na vida como na arte, as idéias e as opções mais simples são sempre as mais verdadeiras e sempre as mais certas! É tão fácil ser feliz, é tão fácil amar, é tão fácil fazer feliz. Um balde de plástico verde ou uma cesta de palhinha fazem a diferença no meio de objetos sofiscados e dos materiais mais caros e raros do mercado...é para pensar!

[Foto de A.O.]

"O Bebê e o Mar" em cartaz até dia 22 de Agosto de 2010!

[Foto de A.O.]
O espetáculo "O Bebê e o Mar" prepara-se para finalizar sua temporada no Rio de Janeiro e rumar à itinerância. Bebês e seus familiares poderão aproveitar essas últimas semanas em cartaz para assistir ao mais acarinhado espetáculo do Rio de Janeiro. Os bebês sempre voltam, é a particularidade deste fenômeno teatral!
O espetáculo se apresenta até dia 22 de Agosto de 2010 no Teatro Cândido Mendes, após esta data tem presença marcada em terras lusas. Até ao final do ano marcará presença também em outros estados brasileiros.
Para quem ainda não teve oportunidade de assistir, a sugestão é não deixar a oportunidade para o último final de semana porque pode querer repetir a dose! É importante saber que o espetáculo sairá de cartaz no final de Agosto de 2010 e só voltará para o Rio de Janeiro no final do ano.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tamanha garganta rouca

"Sou tua como o luar é da lua como as pedras são da rua desde o dia em que eu nasci. Sou tua tão tua que me convenço que já nem a mim pertenço que sou um pouco de ti."
É desse fadinho que falo mas seria dele que viriam as palavras com que se sussurram às orelhas moucas? Nem lhe sei o autor. Loucos os que não querem ouvir ainda que roucas as gargantas que olham para o chão quando cantam dessas palavras juntas. Livrar-me dela seria mentir a mim. Ainda não tenho idade para mentir nem esconder, sou da fase dos que falam e dão sinais e apertam contra a parede, nada mais fica no escuro nem no mote. O sol é bom demais para se esconder e a música é para quem a ouvir.LR

terça-feira, 6 de julho de 2010

Aos quatro cantos do triângulo, dedicado a Samuel Beckett

mais uns quatro dias, um deambular pela ruela do jeito e da força. caem bolas de sabão por aí e já ninguém as sopra, deu um medo de ficar sem mais quatro dias. olha como ainda perguntavam, o teu pai é careca, vejamos pelo sopro se o risco da cabeleira aparece. nada, vou negar até ao fim, diz a menina que não quer ser reconhecida, lha descobriram logo. se num quatro a gente se engana se o louco é mais bêbado do que o cocho, ou se os nossos olhos trocados na foto três por quatro azuis ou verdes o cego teima que os tem. se olhares para o nariz vais te safar da tropa mas se mentires menos também ninguém topa. de quatro em quatro enche a goela e o juízo dela. ele tinha um bigode serrado, parecia que havia engolido às pressas um arvoredo de quatro milhas e algumas das folhagens estavam ainda boiando na boca. é assim que vai a marcha de quatro e eu quero para mim esse misto de doce e acre que sobre e até derrame, esses teus quatro quadros quadrados quadriculados, esse teu gomo de vida em círculos circunflexos. vou cantar às arestas, vou soletrar os dias como tabuada, me abstrair das três partes, mais um ajuste e o brinquedo funciona.LR