sexta-feira, 16 de abril de 2010

Música para bebês!

Na educação musical aprende-se a ouvir, a escutar, a descobrir, a imitar, a explorar, a expressar, a criar, a sentir e a apreciar a música, esses sãos os parâmetros das aulas que decorrem sobre minha maestria em duas escolinhas da cidade maravilhosa. Com dedicação e muito amor, ensino a escutar o "dó, ré, mi" a onze turminhas irreverentes.
Em cada fase, um malabarismo diferente para chamar a atenção dos pequenos e aguçar sua sensorialidade.
Num processo de construção do conhecimento, a criança aprende por observação, imitação e experimentações. O ambiente é sempre alegre, espontâneo e descontraído, há que inventar mil artimanhas para estimular esses pequenos na arte e vale muito - além das multiplos benefícios para eles - para mim também pelos sorrisinhos diários e as tiradas mais hilárias. Assim decorre meu estúdio de experimentação para mais um musical para bebês!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"O Cirquinho de Luísa" na sua última semana de apresentações no Teatro Cândido Mendes!



A temporada d`"O Cirquinho de Luísa" está no fim. Esse final de semana (dias 17 e 18 de Abril, às 15 horas) serão as últimas apresentações da temporada no Teatro Cândido Mendes que começou em Outubro de 2009.
Depois nossa tendinha viaja para Petrópolis e outras cidades e estados brasileiros. Em Maio estamos de volta com "O Bebê e o Mar" que tem sua data de estréia marcada para o dia 15 de Maio de 2010. Lembrando que o Teatro Cândido Mendes é situado na R. Joana Angélica, em Ipanema. Informações: 2267-7295 ou pelos celulares da produção 8881-1526 / 9252-5837.

O velho Rosa centenário

Parabéns, avô, pelos 100 anos. Era este ano o prazo para as 100 velinhas mas o velhinho não quis mais esperar e partiu dias antes...
Já me lembro dele velho. Vinha empoleirado numa bicicleta que era seu principal meio de transporte, com ela rodava quilómetros. Tinha também uma bela charrete de burros que lhe valia para dar conta de todos os pedacinhos de terra. Morava no centro de Quiaios, numa ruelinha bem movimentada cheia de casinhas coladas umas nas outras. Conhecido como Zé Rosa e só, sem outros nomes ou apelidos e casado com Maria Gil, também sem outros nomes. Chegava na Gestinha de bicicleta, queria saber dos netos, do filho perdido por alhures e nos trazia sempre qualquer coisa que fosse para os 3. Também me lembro das cabras, eram muitas e depois de servirem de banquete, em Quiaios viravam um sumptuoso tapete. Assim eram ornadas as casas com tapetes e também com os chifres.
Lembro do seu linguajar com as cabras e com os burros. Às vezes parecia que falava a língua dos bichos e o seu próprio sotaque adquiria aquele vibrato dos sons desses animais que ele lidava. Isso quando conversava connosco. (Quem conhece a recolha de Michel Giacometti e Fernando Lopes-Graça, entende do que falo.)
Quando sorria era o meu pai chapado, que por sua vez é meu irmão chapado. Quase se adivinha como o velho era em novo. A última vez que o vi, há uns anos, ainda andava de bicicleta e fazia ginástica diária! Não era uma bicicleta qualquer, era uma bicicleta estática adaptada, era um instrumento moderno mas de spinning do seu tempo: as rodas não chegavam ao chão, flutuavam num adaptador em madeira. Devia ser assim em 1910. A ginástica era feita num corrimão onde se estirava. Todos os dias o velhinho de quase 100 cumpria essa rotina e ainda cuidava de sua esposa há anos deitada no seu leito em "sono profundo". Exemplificou-nos como conversava com a velhinha, como cuidava dela com a dedicação de um eterno Romeu que não se deixou envenenar mas velou sua Julieta até às suas últimas. Na minha cabeça ele iria esperá-la para se despedir, infelizmente esperou demais e ela resolveu resistir mais tempo. Esse homem sim, pode se vangloriar de missão cumprida! Chegou nos três dígitos e ainda cumpriu sua love story até ao fim do seu fim.
Contam-se mais de uma dezena de netos e outra dezena de bisnetos contando com a minha que conheceria este ano. Havia a lenda de que o velhinho guardava muitos marréis e escudos no colchão e era sabido que seu filho fazia fogueiras com suas roupas. Cousas e lousas! Deus o tenha.

PS: Obrigada pelas rosas no nome! Uma herança bonita que o velhinho nos deixou. Eu e meus irmãos formamos um bouquet! (rs)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Critica de Ricardo Schöpke no Jornal do Brasil ao espetáculo "O Cirquinho de Luísa"


"DIVERSÃO DESDE O BERÇO", Jornal do Brasil.
Ricardo Schöpke

"O teatro para bebês vem sendo desenvolvido há alguns anos na Europa. Tendo como um de seus mais importantes realizadores na Espanha o grupo La Casa Incierta e outras importantes companhias na Alemanha, Itália, Portugal e França. Os espetáculos abordam temáticas variadas, não necessariamente de forma educativa ou didática, mas tendo como princípio básico a exploração dos cinco sentidos, respeitando também o princípio de que o teatro para as crianças (neste caso, para os bebês) não deve ser melhor ou pior do que o feito para adultos, apenas diferente. A criança tem todos os seus canais abertos para receber estímulos de formas variadas. No teatro para a primeira infância os campos da visão e da audição são dois dos sentidos que mais devem ser desenvolvidos, ficando claro que isto não constitui uma regra a ser seguida, ou que é sugerida como uma receita infalível de bolo.O imagético é um dos principais meios de comunicação com este delicado público em formação. Desta maneira, o teatro para bebês tem buscado apresentar elementos como imagens geométricas, movimentos corporais, variada gama de cores, e objetos de diferentes tamanhos e dimensões (2D, 3D). O campo da audição também é um dos pontos mais importantes do teatro para a infância, colaborando para um crescimento significativo da lógica e da sensibilidade ao belo e ao sublime.O cirquinho de Luísaé um dos primeiros espetáculos de teatro para bebês apresentado na cena carioca. Desenvolvido pela atriz e diretora Liliana Rosa, tem como objetivo principal ser um projeto de aprendizagem e partilha entre pais e bebês um meio de introdução da criança no mundo da arte. O tema abordado na peça é o nascimento e ciclo da vida, ativando a memória embrionária e indo de encontro à primeira infância até as nossas raízes e origens, explicando as etapas da vida por associações, analogias e estimulação dos sentidos. Para os pequenos é uma porta aberta para que eles comecem a descobrir novas linguagens. O nome do espetáculo, uma homenagem ao nascimento de Luísa, filha da atriz Liliana Rosa, revela para o público o que foi essencial no desenvolvimento da pesquisa para construção da peça. Após o nascimento dela, foi desenvolvido um laboratório de análise das suas reações a determinados estímulos visuais, sonoros e táteis. Luísa acompanhou todo o desenrolar dos ensaios e da montagem, foi quase como uma consultora artística. Além disso, todo o enredo da peça foi inspirado no seu crescimento.A cenografia da peça é bastante colorida. Um circo com uma pequena lona feita de tiras de tecidos azuis, vermelhos e amarelos, e um pequeno picadeiro onde os pais e as crianças são convidados a sentarem juntos para que possa haver uma inteiração verdadeira entre a atriz e o público. Valendo-se de brinquedos montáveis e desmontáveis, a atriz Liliana Rosa apresenta para as crianças de onde elas vêm. Todo o trabalho é bastante lúdico, formativo e informativo. A direção musical também é adequada, apresentando sons incidentais de crianças rindo. A ampliação deste efeito possibilita uma ambientação agradável e ajuda a acalmar os ânimos dos miudinhos. Liliana Rosa conduz o espetáculo com bastante propriedade, mostrando-se familiarizada com o universo materno, e com a linguagem apropriada para alcançar a atenção de crianças tão pequeninas. Liliana fala baixo, de forma pausada, articulando bem as palavras.Apresenta às crianças o dia, a noite e os animais, e usa o tato para aguçar a criatividade.Água, bolinhas de sabão e pequenos brinquedos servem de modelo.Importante ressaltar que no caso da linha de atuação adotada pela direção, que busca ensinar e apresentar as novidades para as crianças, é preciso tomar cuidado com as associações. No início da peça, a atriz apresenta um sapatinho vermelho como sendo a Luísa e ao final apresenta um cachorrinho, que depois ela veste com o sapatinho vermelho (símbolo da Luísa). Isso confunde algumas crianças que associam o cachorro à própria personagem. Ou seja, é preciso que nada passe despercebido na transmissão das idéias para este público em constante formação." Jornal do Brasil, Sábado, 27 de Março de 2010.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Páscoa com Cirquinho de Luísa no Teatro Cândido Mendes!


Estaremos apresentando "O Cirquinho de Luísa" no final de semana de Páscoa! Quer ver de onde sai o coelhinho do nosso cirquinho? Quer saber se rola ovo? Então venha nos assistir e traga a criançada! Sábado e domingo de Páscoa, 15 horas no Teatro Cândido Mendes, Ipanema.