terça-feira, 8 de abril de 2008

Poema de Elisa Lucinda

"Minha amiga
tantas vezes penso em você
nas conversas de entremeionas casinhas de abelha
intermináveis e interrompidasque fazemos
nas sianinhas que pregamos
no nosso imenso vestido continuável
Penso nas coisas que você me ensinounos meus palpites
penso nas coisas que eu não pude te ensinar(...)
Minha branca de levetantas vezes converso contigo
em soluço íntimocd que toca na música ambiente de minha alma
sua alegriasua angústiasuas lágrimas
e o meu não poder te ter nos braços àquela hora
Amora branca de minha árvore preferida
a saudade de ti me avisa que nunca quer ser saciada(...)
promessas de bicicletadascoisas íntimas ditas na calçada
minha amigaminha amada" Elisa Lucinda

Viagem Veneza

Veneza é uma cidade que desperta paixões. Durante séculos, os seus habitantes construíram as suas casas sobre estacas enterradas no lodo da laguna, transformando os canais em ruas e avenidas. Nasceu assim uma cidade-estado que viveu no fausto de uma porta privilegiada dos viajantes que chegavam à Europa vindos do Oriente. É esse passado de riqueza que hoje justifica a visita à cidade flutuante. Sobre Veneza quase tudo já foi dito. Para os românticos, é um local único. Poetas cantaram a beleza do pôr do Sol no Grande Canal, onde as águas do Adriático surgem como um espelho cujos reflexos caleidoscópicos cintilam na alvura dos palácios renascentistas. Outros vibram com a bruma mística que se costuma abater sobre a cidade, envolvendo-a sob um manto de mistério que serve de cenário ao mais famoso carnaval da Europa e onde os encapuzados vagueiam pelas ruas labirínticas entrecortadas pelas inúmeras pontes que surgem em cada esquina.


Quero ir Veneza no Carnaval ou a qualquer altura...

Todo mundo pensa que o Carnaval é uma festa típica do Brasil. Mas toda essa farra existe desde a Antiguidade e vem de muito longe.
O Carnaval originário tem início nos cultos agrários da Grécia, de 605 a 527 a.C. Com o surgimento da agricultura, os homens passaram a comemorar a fertilidade e produtividade do solo.
O Carnaval Pagão começa quando Pisistráto oficializa o culto a Dioniso na Grécia, no século VII a.C. e, termina, quando a Igreja Católica adota a festa em 590 d.C.
O primeiro foco de concentração carnavalesca se localizava no Egito. A festa era nada mais que dança e cantoria em volta de fogueiras. Os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais.
Depois, a tradição se espalhou por Grécia e Roma, entre o século VII a.C. e VI d.C. A separação da sociedade em classes fazia com que houvesse a necessidade de válvulas de escape. É nessa época que sexo e bebidas se fazem presentes na festa.
Em seguida, o Carnaval chega em Veneza para, então, se espalhar pelo mundo. Diz-se que foi lá que a festa tomou as características atuais: máscaras, fantasias, carros alegóricos, desfiles...

Comédia de Improviso ou Commedia dell'arte


Por Commedia dell’arte entende-se a comédia italiana de improviso, que surge na Itália em meados do séc. XVI e se prolonga até ao séc. XVIII. O termo dell’arte traduz bem uma das suas principais características. Trata-se de uma comédia representada, não por actores amadores, mas sim por actores profissionais, dotados de um talento particular. Porém seus diálogos tinham larga medida de improviso, pelo que este tipo de arte também é conhecido por Commedia all’improviso (comédia de improviso) ou Commedia a soggeto (comédia de tema). É também denominada Commedia delle maschere (comédia das máscaras), uma vez que este elemento de vestuário era extremamente relevante na composição das personagens, servindo para melhor os ridicularizar e caracterizar. Por fim, uma outra denominação é Commedia dei zanni, de zanni (empregados, servos), caracteres importantes em toda trama deste gênero.