segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"Memória de um silêncio eloquente" de Elisa Lucinda

Quando perdoar é uma virtude divina que nos é soprada no ouvido. Nos diz: É importante perdoar sempre para soltar essas sombras de nós. E se aprendermos o porquê do perdão, saberemos usá-lo como notas de música na flauta da nossa vida. Cada nota um buraco que temos de tampar com os dedos. Assim se vai ao longo do canudo que está em nosso poder e que guia nossas emoções: "correm nos meus dedos fios de cera, correm nos meus dedos fios de aço" diria eu. É só escolher.

"Para ti
sempre tive um infinito
estoque de perdão.
Só para ti
perdoei mais que suportava,
mais do que pude.
Minha cerca-limite era sem estatuto,
não tinha um não delimitando nada.
Fui perdoando assim de manada
e muitos erros desfilaram me ferindo,
nos interferindo silenciosos,
sem ninguém denunciar


Perdoa a dor que te causei,
é que você estava há tempos me machucando
e eu não gritei."

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