Anteriormente me defini amante de Miguel Torga, me considero sua fiel confidente já que li seus diários afincadamente e há poemas ainda que me habitam um dos lados do cérebro, como é o caso de Nirvana. Quando alguém me fala em montanhas, vem-me imediatamnente à boca o poema inteiriço sem que eu o queira declamar (mas apenas ouvir com a minha voz, para o considerar meu) e vai até ao fim sem que eu o possa parar: "Asas nos pés e o céu desnecessário" e ponto final.
"Paz nas montanhas, meu alívio certo.
O girassol do mundo, aberto,
E o coração, a vê-lo, sossegado.
Fresco e purificado,
O ar que respira.
Os acordes da lira
Audíveis no silêncio do cenário.
A bem-aventurança sem mentira:
Asas nos pés e o céu desnecessário."
Diario VII de Miguel Torga
Um comentário:
Liliana - tens de vir ao Reino Maravilhoso!
deixo-te o convite : )
um abraço de Luz,
Fátima Vale
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